sábado, 31 de outubro de 2009

Música

Estranhamente nos últimos anos dias ando super atarefado. Por isso não tenho dado a devida atenção a este blog. No mês passado publiquei apenas três textos. Para me redimir com o dizendoalgo, e principalmente com os leitores, deixo para apreciação esta bela canção de Lupicinío Rodrigues - maior sanbista gaúcho -  que imortalizou de forma singular o chifre a dor de cotovelo. Mostrando que um homem de verdade, não tem medo de chorar por uma mulher.
Espero que gostem.


 
Nervos de aço 
 
D           D#°     Em
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
                    D
Ter loucura por uma mulher
                       Em
E depois encontrar esse amor, meu senhor
     A7                   D
Nos braços de um outro qualquer 
                  D#°           Em
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
F#7               Bm   B7
E por ele quase morrer
    G                     D
E depois encontrá-lo em um braço
Bm           E7      A7        D
Que nem um pedaço do seu pode ser
F#7 Bm                  F#7
Há pessoas de nervos de aço
                 B7     Em
Sem sangue nas veias e sem coração
                  F#7              Bm
Mas não sei se passando o que eu passo
                  C#             F#7
Talvez não lhes venha qualquer reação
      Bm                      F#7
Eu não sei se o que trago no peito 
             B7                 Em
É ciúme, despeito, amizade ou horror
                          D
Eu só sei é que quando a vejo
           C#       F#7         Bm  A D
Me dá um desejo de morte ou de dor
 
Acordes para violão

sábado, 24 de outubro de 2009

Reflexão de um pseudo palhaço

 Nada mais triste do que fazer outros rirem, enquanto o seu interior é só tristeza. Geralmente sou alguém engraçado, mesmo quando não tenho motivos para sorrir. Porém de certa forma a alegria dos outros me contagia. Mesmo as vezes sendo obrigado a me retirar do palco.


Palhaço

Noite Ilustrada

Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a platéia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não te ama
Enxuga os olhos e me dá um abraço
Não te esqueças que és um palhaço
Faça a platéia gargalhar
Um palhaço não deve chorar..

Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a platéia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não te ama
Enxuga os olhos e me dá um abraço
Não te esqueças que és um palhaço
Faça a platéia gargalhar
Um palhaço não deve chorar..
 

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Quando matam um Sem Terra"

 O cantador (como ele gosta de se denominar) Pedro Munhoz, artista comprometido com as lutas dos explorados e oprimidos, tem sofrido represálias da Brigada Militar gaúcha, sob o comando dos esbirros fascistas da governadora gaúcha Yeda Crusius após ter composto e declamado publicamente, em várias apresentações, um poema em homenagem ao sem-terra assassinado, Elton Brum.


"Quando matam um Sem Terra"
1.
Quem contar traz à memória,
sabendo que a dor existe,
quando a morte ainda insiste,
em calar quem faz a História.
Pois quem morre não tem glória,
nem tampouco desespera,
é um valente na guerra,
tomba, em nome da vida.
Da intenção ninguém duvida,
quando matam um Sem Terra.
2.
Foi assim nesta jornada,
quando mataram mais um,
o companheiro ELTON BRUM,
não teve tempo pra nada.
Numa arma disparada,
o Estado é quem enterra
e uma vida se encerra,
em nome da covardia.
Toda a nossa rebeldia
quando matam um Sem Terra.
 3.
É o desatino fardado,
armado até os dentes,
até esquecem que são gente,
quando estão do outro lado.
E vestidos de soldado,
todo o sonho dilacera,
violência prolifera
tiro certeiro, fatal.
Beiram o irracional,
quando matam um Sem Terra.
 4.
Quem és tu, torturador,
que tanta dor desatas,
desanima e maltrata
o humilde plantador?
Negas a classe, traidor,
do povo tudo se gera,
te esqueces deveras,
debaixo de um capacete.
Dá a ordem o Gabinete,
quando matam um Sem Terra.
 5.
Em algum lugar da pampa,
ELTON deve de estar,
tranquilo no caminhar,
jeito humilde na estampa.
E algum céu se descampa,
coragem se retempera,
outras batalhas se espera,
dois projetos em disputa.
Não se desiste da luta,
quando matam um Sem Terra.

Pedro Munhoz
Barra do Ribeiro/RS
27.08.09

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que vale é a intenção?


Sei que essa noticia pode ser meio velha, mas não consigo deixar de comenta-la. O atual presidente dos E.U. Barack Obama, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Seria uma noticia normal, pois vários chefes de estado anteriormente já receberam essa premiação ( Nelson Mandela, Mikhail Gorbachov entre outros). A problemática é que Obama foi premiado "pelos extraordinários esforços para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", ou seja, pela intenção de espalhar a paz pelo mundo.
O que chama a atenção do mundo, foi que o "bem intencionado"  Obama não retirou as suas tropas do Iraque e do Afeganistão, além de não conseguir mexer no Caótico sistema de saúde norte americano.
Pode parecer que estou criticando Obama sem sentido, mas se forem premiar pela intenção quero um Prêmio Nobel também. Tenho a intenção de um dia escrever um livro merecedor de um Nobel, e conheço amigos médicos que tem a intenção de achar a cura do câncer e da AIDS.
Não é a toa que minha vó dizia: "De boas intenções o inferno tá cheio".
     

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vale a pena ler

Novo espaço dedicado a blogs que considero interessantes. Este mês indico o recanto literário de uma grande escritora (infelizmente pouco conhecida do grande público).
O blog: COGUMELA_ENLATADA

Livro do mês



Na última semana do mês passado, comecei a ler - descompromissadamente - A rosa do povo. Drummond realmente era fantástico, mesmo se tratando de uma releitura desatenta, consegui novamente surpreender-me com a rosa de Carlos. Nesse livro, ao meu ver, encontramos um Drummond mais amadurecido e compromissado com a sociedade. Mesmo sendo considerada como uma tradução de uma época sombria, que reflete um tempo, não só individual, mas coletivo no país e no mundo; poucos poemas possuem a marca do tempo. Talvez este seja o principal motivo para o livro continuar atraindo minha curiosidade.
A rosa do povo foi escrito quando os horrores da 2ª Guerra Mundial angustiavam a humanidade e o exército nazista recuava, especialmente na então URSS. As mais importantes divisões alemãs haviam sido derrotadas no leste europeu pelos russos, prenunciando a capitulação do III Reich. Simultaneamente no Brasil, sob a ditadura do Estado Novo, ainda que economicamente modernizador e socialmente avançado, perdia o apoio entre as classes média e as elites intelectuais identificadas com o próprio regime democrático através de altos cargos burocráticos.
Uma curiosidade recente ( mas nem tanto) é a adaptação filmica do poema O caso do vestido, já consagrado como poema/conto ganhou uma belissima montagem ( vale muito a pena assistir ) com o titulo de "O vestido".
Para finalizar deixo uma foto minha ao lado da estátua de Drummond (infelizmente não o conheci vivo) em Copacabana.

Trailer ( um pouco longo) do filme o vestido:

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Apenas uma palavra


Nasci numa cidade
Cresci em outra
Talvez por isso não consiga sentir o mínimo de apego
por uma terra, e Patriotismo ser apenas uma palavra.
Se eu tivesse uma kombi, viveria dentro dela
Rodando pelo país, sem um único lugar para morar.
Me imagino durmindo em um lugar, acordando noutro.

Não sabendo como será o amanhã, essa seria uma vida
Feliz... pena não possuir talentos artísticos.
Acho que sou um hippie incompleto.

                                  Daniel Farias -10/09/09

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Filme do mês


Neste mês comemoramos milhares de datas importantes, dentre elas, o dia das crianças. Para as pessoas que não possuem TV a cabo, esse fato torna-se uma tragédia, todos os canais de TV aberta voltam sua programação para o público infantil.
Dessa forma para romper com isso recomendo o filme "O povo contra Larry Flint". Trata-se da biografia do homem que transformou a revista Hustler, com pornografia explícita, na mais lida e falada dos anos 70. Tornando-se um dos homens mais importantes dos E.U. Devido o seu jeito irreverente "sem papas" na língua, Larry sofreu inúmeros processos Judiciais.
Produzido em 1996, recebeu dois Globos de Ouro (melhor diretor e roteiro) em 1997, além de um urso de ouro no mesmo ano. Com Woody Harrelson como Larry Flint e o próprio Larry Flint interpretando um juiz linha dura. Alguns fatos curiosos: Tom Hanks e Bill Murray foram cotados para o papel principal; O irmão de Larry Flint foi interpretado pelo irmão de Woody Harrelson; Larry Flint queria Ashly Judd no papel de sua mulher, porém Courtney Love ganhou o papel.