terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um Torcedor

Durante uma tarde sem nada mais importante a fazer, decidi pensar porque gosto de futebol e quais as razões que me levaram a torcer pelos times que torço.
Após divagar por um tempo demasiadamente grande, cheguei a algumas conclusões e lembranças a muito esquecidas.
Para começar a conversa o texto é necessário primeiro contar alguns fatos que antecederam as minhas escolhas.
Nasci na minúscula pequena cidade de Gravataí, interior do Rio Grande do Sul, mas me mudei ainda pequeno para Pelotas. Esses fatos postos soltos sem contexto nada dizem, porém é notório que o RS possui uma das maiores rivalidades futebolísticas do Brasil, ou seja, no Rio Grande é Grêmio ou Inter neutralidade não existe. Dessa forma fui compelido a escolher um dos lados para torcer.
Além dessa disputa estadual, a cidade de Pelotas não fica muito atrás com a dicotomia Brasil-Pel X Pelotas. Rivalidade que para muitos supera a da dupla Gre-Nal  
Como fui criado apenas pela minha mãe, que detesta futebol, meus tios se encarregaram de me apresentar a paixão nacional e tentar me convencer a torcer pelos times deles.
Porém mesmo já tendo visto outras partidas de futebol, inclusive dentro de estádios, a primeira partida que me emocionou e despertou meu interesse pelo esporte foi a final da copa de 1994. Pode ter sido um jogo chato, com um futebol “meia boca” como muitos entendidos dizem, mas ninguém nega que foi emocionante.
Após aquele jogo que nos garantiu o tetra campeonato mundial, fiquei fanático pelo esporte bretão, assistia o máximo de jogos possíveis. O que na década de noventa significava o mesmo que assistir quase que integralmente a “Band: o canal do esporte” (para os jovens que não viveram essa época: a Band era como a Sportv de hoje, mas na T.V. aberta e com filmes da Emmanuelle eróticos nas madrugadas de sábado).  
Entre os inúmeros jogos que me marcaram os mais significativos foram: os embates entre Grêmio e Palmeiras durante toda aquela década, a libertadores de 95, o mundial de 95 e o Brasileiro de 96. Esses acontecimentos contribuíram para o gremista que sou hoje.
 Quando os meus tios, colorados fanáticos, começaram a perceber que o sobrinho deles era um gremista, tentaram me convencer a mudar de todas as formas possíveis. Todo aniversário, natal, dia das crianças o presente sempre era camisa, ou calção, ou copo, ou caderno, ou meia, enfim todo tipo de badulaque com o símbolo do Inter. Dentre todas essas coisas duas marcaram esse período: um ovo de páscoa gigantesco do Inter junto com um “bombonzinho” do Grêmio e o outro foram dois times completos de botão um do Inter (botões caros e oficiais) acompanhados com um do Grêmio (botões tão bagaceiros que após um mês já tinham se quebrado quase todos). Com o tempo eles desistiram de me convencer a me tirar do lado tricolor da força.
Mesmo com essa tortura durante a minha infância, agradeço-os por me levarem a um estádio de futebol pela primeira vez (um Bra-Pel disputado no bento Freitas com vitória do Xavante), as histórias das excursões acompanhando o Brasil-Pel (durante o brasileiro de 1985, que o xavante ficou em terceiro derrotando o Flamengo de Zico no Bento Freitas). Essas histórias e as idas ao estádio moldaram-me o Xavante que sou.
Para falar a verdade não me lembro do dia exato em que deixei de simplesmente assistir uma partida e passei a ser um torcedor.                 

domingo, 16 de janeiro de 2011

A volta

Aos velhos e novos seguidores peço desculpas pelos meses dias sem postar nada. Mas afirmo que a espera valerá a pena, pois desde dezembro estou pensando em coisas novas para melhorar o blog. Espero que gostem.
E para marcar este momento com chave de ouro, escolhi uma música emocionante que tem tudo haver com o momento.