sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A mídia e as eleições

Na manhã de quarta-feira (19/08/2010), Folha Online e UOL inovaram, mas mantiveram velhas práticas da política oligárquica e da imprensa que é sua porta voz. Em parceria, promoveram um debate online entre os candidatos à presidência da República, mas aproveitaram o vácuo legislativo para a internet no Brasil para adotar uma postura antidemocrática. A postura foi mantida e aprofundada nas matérias publicadas após o debate.
Para escolher os debatedores, os organizadores adotaram como critério os resultados das últimas pesquisas. Só participaria quem alcançasse 10% das intenções de voto. Dessa forma, participaram Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), destaque no primeiro debate televisivo, ficou de fora. As emissoras de televisão são obrigadas pela legislação a convidar o candidato do PSOL, por seu partido ter representação no Congresso. A falta total de regras para a internet possibilitou a decisão. Mas, embora a promoção de um debate seja uma questão jornalística, não é apenas desse fato que este post quer tratar
Enquanto Folha Online e UOL transmitiam o debate, Plínio usou um recurso de webcam do Twitter, Twitcam, para comentar o que acontecia no encontro entre Dilma, Serra e Marina e, dessa forma, participar indiretamente das discussões, colocar-se, posicionar-se frente aos temas. Assim como a promoção de um debate exclusivamente para a web, a atitude de intervenção de Plínio e a forma inteligente como ele usou a internet para democratizar a campanha foi inédita, e, no mínimo, digna de nota. Para a Folha e o UOL, não. Ainda que seja um fato importante e interessante dos entornos do debate que esses mesmos veículos promoveram, eles prefiram, de forma antidemocrática, ignorar a ação política do candidato do PSOL.
O Estadão Online foi o único veículo que deu ao fato o espaço devido. Embora o título da matéria distorça o que realmente aconteceu, dizendo que Plínio “hackeou” o debate, o texto mostra com clareza a ação, inclusive com o vídeo, e suas repercussões na web. Segundo o Estadão, “Plínio ficou oscilando entre as duas primeiras posições da lista de assuntos mais comentados do Twitter no Brasil – em maior destaque, inclusive, que a próprio debate. Entre 10h e 15h30, 1.760 tweets mencionaram ‘Plínio de Arruda’”. Foi isso o que Folha e UOL ignoraram solenemente. É o antijornalismo birrento.

Fonte: Jornalismo B by Jornalismo B is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.
Based on a work at jornalismob.wordpress.com.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Filme do mês

Estamos em pleno momento eleitoral, momento raro (em termos de Brasil), onde todos debatem política. Dessa forma escolhi para este mês uma comédia com uma excelente crítica política. Em Um distinto cavalheiro (The Distinguished Gentleman)o trapaceiro profissional, Thomas Jefferson Johnson (Eddie Murphy) é um vigarista da Flórida que tem uma brilhante idéia para poder entrar de forma limpa no cenário político. Quando um senador da Flórida, Jeff Johnson (James Garner), morre, uma eleição especial é feita para escolher seu substituto. Thomas põe seu nome na cédula como "Jeff Johnson", confundindo bastante os eleitores. Thomas consegue a vitória na corrida eleitoral, assim logo está a caminho de Washington D.C. Ele descobre um mentor em Dick Dodge (Lane Smith), presidente de um influente comitê. Dodge mostra a Thomas esquemas para ganhar dinheiro e mais tarde Arthur Reinhardt (Grant Shaud), o assessor de Thomas, lhe explica como as coisas funcionam na capital. Os planos de Thomas acontecem da forma que ele esperava até conhecer Celia Kirby (Victoria Rowell), uma ativista política cujo pai é um líder religioso, o reverendo Elijah Hawkins (Charles Dutton). Johnson rapidamente fica atraído por Celia, mas se quiser ganhar o coração dela terá de parar de enganar as pessoas, que pensam que ele é honesto. Porém para ser honrado de fato ele precisa desmascarar os corruptos, sendo que entre eles, obviamente, está Dodge.

Legendários: Uma piada sem graça

Marcos Mion virou motivo de piada dentro da Record - e isso veio a público nesta terça-feira, no Twitter. O "humorista" tentou desqualificar o trabalho da jornalista Fabíola Reipert, blogueira para assuntos de TV e celebridades do R7 (o portal da própria Record), e acabou levando o troco.
Tudo começou depois que Fabíola postou uma notícia que informava que o Legendários, programa de Mion, havia tido no último sábado sua pior audiência, com média de 6 pontos no Ibope, ficando em terceiro lugar no ranking, atrás até mesmo da reprise de Ana Raio e Zé Trovão no SBT. "Na Record, há um sinal amarelo para o Legendários. O programa poderá passar a ser gravado", postou Fabíola.
Mion contestou a informação, cheio de ironia, via Twitter. Ele postou: "E + uma vez a "jornalista" c maior credibilidade do pais, Freipert manda outra bola fora!Alias, ela é piada interna na Record por isto msm (sic)."
Fabíola respondeu no mesmo tom: "Que eu saiba os números do Ibope não mentem e quem é motivo de piada na Record é o Legendários..."
Não é o primeiro "barraco" de Mion no Twitter. Desde o começo do ano ele vem se desentendendo com o humorista Danilo Gentilli, do CQC, da TV Bandeirantes. O "Legendários" virou tema recorrente de piadas para Gentilli, já que estreou com a pretensão de ser "revolucionário", como disse Mion, mas acabou se notabilizando por quadros que remetem a outros programas, como o Pânico e o próprio CQC.
Fonte: Yahoo Notícias 

Modestamente, a única piada que este programa auto proclamatório conseguiu foi derrubar cada vez mais a sua parca audiência. Assim como um time de futebol que faz "boas" contratações (aparentemente), mas na hora da bola rolar não corresponde, essa foi a dura realidade enfrentada por Mion. A dúvida que fica é se ele voltará para MTV, como fez após o fracasso na Band. 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tyson desbanca Bolt

Tyson Gay conseguiu o que parecia impossível: derrotar Usain Bolt. Na final da prova dos 100 metros na etapa de Estocolmo da Diamond League, nesta sexta-feira, o norte-americano levou a melhor sobre o astro jamaicano e ganhou a medalha de ouro. Ele venceu com o tempo de 9s84, deixando o campeão olímpico e recordista mundial em segundo lugar (9s97).
Grande nome do atletismo na atualidade, Bolt não sofria uma derrota nos 100 metros desde julho de 2008, quando perdeu para o compatriota Asafa Powell também em Estocolmo. Nesse período, ele colecionou 14 vitórias seguidas, sendo campeão olímpico e mundial da prova, além de ter baixado o recorde mundial seguidas vezes - a sua marca atual é de 9s58.
Nesta temporada, Bolt enfrentou alguns problemas de contusão. Por isso mesmo, ele chegou a admitir na quinta-feira que teria dificuldades para confirmar seu favoritismo na disputa realizada na capital sueca. E Gay tratou de aproveitar a oportunidade, fazendo uma prova perfeita para desbancar o astro jamaicano com a vitória em 9s84.
Havia grande expectativa para o confronto desta sexta-feira, principalmente porque Asafa Powell também disputaria a prova - a última vez que os três maiores velocistas do mundo se enfrentaram foi no Mundial de Berlim, há um ano. Mas o jamaicano sofreu uma lesão nas costas e não competiu em Estocolmo, deixando o duelo apenas entre Bolt e Gay.
Superado por Gay, Bolt terminou a prova em segundo lugar, com o tempo de 9s97. Enquanto isso, Richard Thompson, de Trinidad & Tobago, aproveitou a ausência de Asafa Powell para conquistar a medalha de bronze nos 100 metros em Estocolmo - fez o tempo de 10s10.
Fonte: Yahoo esportes.com

Primeiro debate

O primeiro debate entre presidenciáveis na TV, que ontem reuniu, na Band, os candidatos José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), acabou se transformando em um duelo entre os dois primeiros, que Serra tentou puxar para a saúde e Dilma para números e realizações do governo Lula.
Foi um confronto morno, sem emoção, a não ser nas curtas e duras críticas de Plínio aos demais. Ao final do programa - que foi moderado por Ricardo Boechat, e tendo como perguntadores os jornalistas Joelmir Betting e José Paulo de Andrade - Dilma tentou passar os "avanços" do governo Lula e Serra, além de exibir sua familiaridade com a saúde, prometeu "estatizar" de novo empresas como os Correios (logo o PSDB que privatizou quase tudo), que em sua opinião foram aparelhados pelo PT.