domingo, 31 de maio de 2020

Tocando o puteiro no universo de Super-herois

Neste período de quarentena em decorrência do COVID-19, consegui diminuir minha pilha de leitura consideravelmente. Todavia como ainda sobre muito tempo decidi fazer um breve relato das leituras finalizadas.
Começarei não com a primeira do ano, mas com a mais recente. The Boys: O nome do jogo ou como o editor sugere no texto de abertura The boys: Tocando o puteiro.
A mente suja, violenta e pervertida de Garth Ennis nos brinda com outra obra prima da nona arte. Após sucessos anteriores em Preacher e Justiceiro, Ennis se une  ao brilhante Darrick Robertson (Transmetropolitan, Wolverine) para criar uma obra icônica.

Sinopse: Num mundo em que herois uniformizados cortam os céus e vigilantes mascarados espreitam à noite, alguém tem de cuidar para que esses "supers"não saiam da linha. Billy Carniceiro, Hughie Mijão, Leite Materno, O Francês e A Fêmea são os The Boys: uma equipe da CIA formada por pessoas perigosas, cada uma delas com fortes motivos para lutar contra os superseres da Terra que ultrapassam os limites da lei. Alguns super-herois têm de ser vigiados. Alguns precisam ser controlados. E outros, às vezes, precisam ser tirados de cena...É aí que você chama The Boys.
O que aconteceria se o Flash esbarrasse em alguém enquanto está super veloz? O que é necessário para entrar nos Sete(LJ desta hq)? Quem vigia os vigilantes? Todas estas perguntas a HQ responde de forma chocante, insana e as vezes de forma engraçada.  

Por que é bom? Ao mesmo tempo que satiriza deturbando o já desgastado subgênero de super-herois, atualiza-o, pois o apresenta como uma narrativa adulta e sem os clichês do estilo. 
Em The Boys não há lugar para o patriotismo cego do Capitão América da Segunda Guerra, nem para o heroismo bom moço do Superman de Christopher Reeve. No lugar vemos algo mais sujo e depravado. Os superseres são pessoas despreparadas que possuem um "dom", que é muito cultuado pelas demais pessoas, o que lhes garante sustento sem esforço e por isso sentem-se acima do bem e do mal. Se veio a sua cabeça atletas profissionais, atores de hollywood, cantores e bilionários  excêntricos a comparação é mais do que válida.
Neste gibi não temos a dicotomia heroi contra vilão. Nenhum personagem presta (nem mesmo o cachorro), mas alguns são mais detestavéis que outros.
Além disso possuem uma arte interessante com cenas fortes que impactam qualquer leitor (ou pelo menos deveriam).

Por que é insano? Segundo a contracapa da hq: "Este livro contém: linguagem obscena, erótica e depreciativa; insinuação de sexo e masturbação; consumo de drogas lícitas ou ilicítas: nudez (mas sem nu frontal); violência com requintes de crueldade apresentada de forma divertida: vítimas em estado de agonia: tortura, estupro, mutilação, abuso sexual: valorização da beleza física como imprescindível para uma vida feliz; e muitas outras coisas do gênero. Portanto, se você se sente chocado com algum desses conteúdos, nem pense em abrir esta obra(mas saiba que isso seria muita frouxidão da sua parte!).
  Definitivamente Ennis usa o quadrinho para destruir todo o purismo e glamour pintados durante anos ao subgênero super-heroi. 

 Como encontro? A editora Devir lançou recentemente a 3ed. do volume que reúne o primeiro arco de histórias( edições 1 a 6) podendo ser encontrada facilmente em sites de compra e livrarias. O preço de capa de R$ 45,00. Capa cartão, lombada quadrada e miolo em papel couché.
 

Informe Inportante

Não sei se alguém ainda lê este blog (creio que não pois não posto nada desde 2017), mas apartir de hoje tentarei atualiza-lo com mais periodicidade.
Postarei minhas impressões daquilo que tiver lido.
Sim voltei só pela Pandemia de CVID-19. Sim não tenho mais nada para fazer, pelo visto nem você já que está lendo isso.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Melhor coisa do ano...até aqui!

Tratar de música é sempre algo complicado, pois mexe com paixões. Mas como não existe inparcialidade, também expressarei aqui minhas paixões.
Após quinze anos os Tribalistas voltaram com um trabalho incrivel. Ótimos arranjos, bela harmonia de vozes e letras que são pura poesia. Com apenas dez faixas deixam claro que boa música é sempre bem aceita e necessária.

 Diaspora fala de refugiados (tema extremamente atual); Um só fala sobre quebra de barreiras sociais ; Fora da memoria aborda aquilo que não se deve lembrar; Aliança  balada romântica (sempre há espaço para o amor);  Trabalivre vida trabalhista (palavra inventada, assim como no albúm de 2002 que apresentou Carnavalia); Baião fala sobre a relação com a água; Anima indiretamente fala sobre espiritualidade questionando a velha pergunta, pra onde vamos após essa vida?; Feliz e saudável o nome é o tema; Lutar e vencer  força dos humanos pra alcançar objetivos;  Os peixinhos universo infantil (possui a melhor melodia do cd, na minha humilde opinião).
tira gosto

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Sobre Tartarugas e cegos

Na primeira edição de Demolidor, em 1964, o jovem Matthew Murdock se joga na frente de um senhor de idade para evitar que ele seja atingindo por um caminhão. Em consequência, Matt fica cego após ser atingido nos olhos por um resíduo radioativo que caiu do veículo. O acidente, no entanto, fez com que o protagonista desenvolvesse uma sensibilidade sobre-humana.





Este mesmo resíduo foi responsável por ativar as mutações em quatro tartarugas inocentes e minusculas dos esgotos de Nova York.

Kevin Eastman e Peter Laird, criadores de As Tartarugas Ninja, decidiram homenagear a origem de Murdock ao usar a mesma substância radioativa que cegou o personagem para criar seu quarteto de répteis mascarados.






Na história, após atingir o nosso herói humano, a carga contaminada cai dentro de um bueiro nas ruas de Hell's Kitchen e acaba atingindo os quatro seres que posteriormente se tornariam Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael.


E ainda tem mais: Splinter, o rato que encontra as tartarugas logo após o acidente, é uma referência a Stick, tutor de Matthew Murdock em Demolidor. E enquanto um dos principais inimigos do herói da Marvel é o clã ninja chamado A Mão, a organização adversária das Tartarugas Ninja é o Clã do Pé.



 Fonte : ING Brasil

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Red Tail y Tupamaros

Después de mucho tiempo ( dos años) sin postar, vuelvo a utilizar esta herramienta para apuntar dos grandes peliculas. Una sobre la historia de los Tupamaros de Uruguay, y la otra sobre el racismo en las fuerzas armadas de E.E.U.U. espero que sea instructivo.




quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Para todos os gostos

Todos gostam de se realizar, sexualmente falando, mais até que ponto ousamos para apimentar a relação ou nos tornamos dependentes de práticas estranhas e questionáveis. Será que vale tudo para ser feliz? Qual é o limite do prazer?
Não querendo responder construí uma pequena lista de fetiches curiosos
 
Dendrofilia 
Tudo bem tentar salvar o meio ambiente, mas esse é o nome dado para as pessoas que sentem atração sexual por árvores e plantas. 
Necrofilia
Atração sexual por cadáveres. Durante o século XIX, muitos poetas dedicaram suas obras a esse fetiche, sendo o mais famoso deles ‘Noites na Taverna’, de Álvares de Azevedo.
Crush Fetish
Se você acha que já viu de tudo, melhor sentar: existem pessoas que só conseguem obter prazer esmagando insetos ou pequenos animais durante o sexo. Não, né? 
Zoofilia 
Nome dado às pessoas que têm fantasias sexuais com animais.
Fornofilia
É a atração sexual que certas pessoas sentem por móveis. A tara também pode ser pessoas que fingem ser mobília.
Simforofilia
Excitação com tragédia? Sim existe. 
Insuflação
Sabe aquele ventinho gostoso? Então tem pessoas que só alcançam o orgasmo quando assopram orifícios de seus parceiros.
Hibristofilia
É quem fica excitado por criminosos.
Agalmatofilia
Nem os manequins escapam: este é o nome dado às pessoas que se excitam por manquins ou estátuas.
Mecanofilia
Atração sexual por automóveis e máquinas.
Oculofilia
São as pessoas que sentem desejo em lamber o globo ocular de outra ou ter o seu próprio globo lambido.
Latronudia
Há quem se sinta excitado ao se despir para médicos.
Mucofilia
Há quem só consegue “chegar lá” com a ajuda do catarro.
Coprofilia
Obtenção de prazer sexual pelo uso de fezes. 
Clismafilia
Há quem sinta prazer da sensação de água entrando no ânus. Apenas água. 
Menofilia
Existe o “fetiche por sangue”, mas este específico é o sangue menstrual.
Urolagnia 
Quando a pessoa associa prazer com xixi.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Adeus Abujamra

Hoje,(terça passada)  às 23h30, irá ao ar na TV Cultura, como acontece todas as terças, o “Provocações”, o programa de entrevistas capitaneado por Antônio Abujamra desde 2000. Mas desta vez a edição terá um sabor diferente: ele é o registro da última provocação do entrevistador. Antônio Abujamra morreu na manhã desta terça. Tinha 82 anos. Ator e diretor, Abu, como era chamado pelos amigos, foi umas das figuras mais instigantes e raras da dramaturgia e, principalmente, da televisão brasileira.
O seu “Provocações” trouxe uma forma diferente de entrevistar e realmente fazia jus ao título. Como disse o próprio Abujamra em um dos últimos textos de abertura, era um programa que “idolatrava a dúvida”.  Sua forma de abordar era muito eficiente em alcançar um objetivo: tirar o entrevistado da zona de conforto.
O estilo de Abujamra era totalmente coerente com sua personalidade e trabalho: inquietante, sincero, instigante. Idolatrado no universo teatral, Abujamra também teve grandes momentos na televisão – um dos mais lembrado foi sua interpretação do bruxo Ravengar, na novela “Que Rei Sou Eu?” (1989).
Um clássico do “Provocações” era o final, quando Abujamra perguntava: “o que é a vida?” E continuava a repetir a mesma questão ao entrevistado, sempre obtendo respostas diferentes. Era desconcertante. Antônio Abujamra fará falta com suas provocações – não haverá mais ninguém para olhar os entrevistados diretamente dentro dos olhos e lançar, de forma perturbadora e convincente, aquele “o que é a vida?”.